25.3.10

inclusão digital

O post de hoje nasceu de um desabafo meu no twitter ontem e  de posteriores comentários junto com o sr. @angelo_borges. 
Reclamava eu ontem de alguns novos usuários do Twitter, particularmente do sexo feminino. Dizia que não entendia a lógica das meninas que colocam como plano de fundo do seu profile twitesco uma foto sua sécçi, de bíquini, com decote, bundão, peitão e coisas do gênero. Sei que o narcisismo, marca forte da nossa Era, impera entre a maior parte dos indivíduos, mas acho que esse tipo de apelo traz consigo outro perigo. O perigo ao bom uso das ferramentas virtuais. 
Afinal, o que vemos acontecer é todas as ferramentas se confundirem em seus própositos. Sei que regras não se aplicam facilmente ao mundo virtual, e que exatamente é essa possibilidade de adaptação que faz os olhos da sociedade brilharem em relação a internet. Mas não seria bom que as pessoas soubesse usar cada coisa para a finalidade certa?
Já estragaram o orkut, o facebook corre perigo, vamos ao menos salvar o Twitter.
Afinal, ele que parecia tão sem propósito, tornou-se com a ajuda da inteligência e criatividade de muitos, uma ferramenta útil para todos. São informações em forma dos mais diversos links compartilhadas instantaneamente à quem possa interessar. Quem sabe seguir as pessoas certas, entende do que eu estou falando. Vamos evitar que o Twitter se torne um novo Scrapbook, com o exclusivo fim de voyerizar a vida alheia. 
Infelizmente a inclusão digital não é sinônimo de cultura. Voltamos sempre aquela premissa de a ignorância é uma escolha própria e não é culpa de ninguém. Com condições economicas ou não, cabe a cada um correr atrás de conhecimento, sabendo utilizar para boas finalidades as ferramentas oferecidas. 

Para finalizar, uma dica as meninas descoladas que acham que o twitter é o novo orkut: amigas, não é! Aproveitem esses diversos canais de comunicação para se aprimorar, lembrem-se que a inteligência é a única coisa que não envelhece e nem fica enrugada.

Seja legal, seja inteligente.

3 comentários:

Angelo Borges disse...

Eu concordo com tudo que foi escrito.

Não gosto da ideia de deixar exclusiva a internet aos que há mais tempo têm acesso a ela.

O ponto que preocupa é que o twitter tem uma finalidade bem diferente do msn, do orkut e suas ferramentas (scrapbook, testimonials, photo album, etc). O twitter é a bobagem menos bobagem dos últimos anos.

Tomara que as pessoas entendam isso. Caso contrário, doa a quem doer, algum grupo vai acabar desistindo de usar o passarinho azul.

Beijos Bru.

M. Turchetti disse...

Bruna, realmente inclusão digital não significa cultura, mas tem que continuar. Mesmo que as pessoas não saibam usar adequadamente, não significa que elas devam ser alijadas do processo.
A ignorância do povo (lembrando que todos somos povo) é proporcional à falta de acesso, do povo, à informação correta e verdadeira, sem retoques.
Eu acho que a inclusão digital, ainda é muito pequena. Se essas pessoas começarem a buscar alternativas ao poder midiático estabelecido, aos poucos inclusão digital significará esclarecimento.
Por enquanto, vamos ter que nos acostumar com a ignorância e a falta de senso estético.
=)
Adorei teu post!
MT

M,J. disse...

Pois é, felizmente vivemos em uma democracia (ou deveríamos) e as pessoas são livres para manifestar seus pensamentos, inclusive pelos meios digitais, sem censura. Infelizmente, o mau gosto e a burrice imperam. De fato, gosto não se discute, mas lamenta-se. Você tem razão, a inteligência não envelhece, pelo contrário, ela se revigora quando é alimentada. O humano, sem razão, desperdiça o seu diferencial em relação aos outros animais: a racionalidade. Para entender, tenho como leitura obrigatória o clássico de Robert Musil, "O Homem sem Qualidades".