8.12.09

sumiço e dicas.

Se formar não é uma tarefa fácil. Quer dizer, no começo até parece, mas quando passar noites acordadas em frente ao computador passa a ser a única ideia plausível a se ter, as coisas ficam diferentes. E foi o que aconteceu nos últimos meses, reunindo a mania de perfeição com as técnicas nem sempre tão apuradas com os softwares publicitários, foi necessário deixar em stand by todo o resto que não fosse a maldita campanha para o PGE.
Pelo menos agora, acabou, e uma nova bagagem de conhecimento foi acumulada.

Aproveitando que nos últimos tempos passei muitas noites em claro fuçando em blogs e sites bem interessantes, o post de hoje é uma lista de referências pra quem gosta de moda.

Sendo assim, lá vai o blog de algumas It Girls pelo mundo a fora.







Tem mais uns 415 blogs, mas vou indicando com o tempo.

aproveitem!

20.10.09

Reclama, que eu gosto.

Finalmente a primavera está dando suas caras pelo Rio Grande do Sul. Não sei se ela ficou com vergonha de aparecer e ser xingada como tudo que chega por aqui. Afinal, nunca vi um povo que reclama tanto. Pelo menos na Serra, poucas coisas conseguem passar sem virarem motivo de reclames da hora do almoço ou no elevador. 
Horário de Verão por exemplo, é o motivo de insônia de pelo pelos 70% da população que na primeira segunda-feira depois do inicio do horário justifica, assim, o atraso no trabalho. Não consigo entender como que uma horinha adiantada, pode fazer tanta diferença no relógio biológico das pessoas. E consigo entender menos ainda, como que pode ser ruim ter mais uma hora de sol no final da tarde. E não me venha com o papo de que é pior pra acordar de manhã. Seguinte, quer um conselho, vai fazer exercício no final da tarde, caminhar com o cachorro, brincar com as crianças, e percebe, que simplesmente, chegar em casa depois do expediente com o sol não faz mal pra ninguém.
Mas as queixas não param por aí. O frio também é algo horrível. É um castigo. Uma lástima. E todo ano o frio foi o pior dos últimos tempos. Ah sim, e nem na Rússia se sente tanto frio. As pessoas rezam que o verão chegue. As mulheres dizem que é muito melhor se vestir no verão, mais fácil, que elas se sentem mais bonitas. Os homens afirmam que a barriguinha é resultado da falta de exercícios que não dá pra fazer no inverno.
Enquanto todos reclamam, o tempo passa, e finalmente chega o tão esperado verão. As pessoas comemoram na primeira semana. Mas logo, as queixas retornam. Agora é porque está muito quente. Que não dá vontade de trabalhar, que suam demais, que é horrível pra dormir. Começam então a pedir o inverno de volta. As mulheres dizem que no inverno as roupas são muito mais elegantes. Os homens reclamam que jogar futebol naquele calor é impossível, e que a barriguinha, é resultado do chopp gelado de cada dia. 
E aí começa tudo de novo. 
Sem dúvida o ser humano é um eterno insatisfeito. 
Mas pra falar a verdade é essa insatisfação que move o mundo.
Melhor não reclamar disso também.







16.10.09

desCONSTRUTORES da sociedade.

O conteúdo do post de hoje é um tanto quanto polêmico, mas é o retrato exato do que eu defendo com esse blog. Sabe quando eu falo sobre assuntos que te fazem levantar o tom de voz? Esse é um dos que me provoca isso com mais veemência. Chego acreditar às vezes que os resultados provenientes das discussões sobre ele talvez sejam karma de uma vida passada.
Eu tenho horror a falta de ética. A adaptação da moral e das leis para o benefício próprio. Desprezo coligações que utilizam a fraternidade como mera desculpa para uniões desleais na sociedade que visam o favorecimento de alguns em termos econômicos e/ou profissionais. Não vou citar nome da "instituição", pois temo que generalizar não seja positivo em quase nenhum situação. 
Mas receio que princípios que permitem julgar situações como corretas e incorretas considerando apenas o fim de tal proposta, não podem ser considerados éticos ou favoráveis ao crescimento de uma sociedade de forma igualitária. A máxima de Maquiável é extremamente questionável, e de maneira redundante, maquiavélica. 
Questiono a obscuridade das ações realizadas por esse grupo, o elitismo interesseiro, que julga apto a participar desses encontros apenas aqueles que podem de alguma forma colaborar para os fins dos outros participantes. Uniões que pressupondo de um juramento facilitam a corrupção e a concorrência não democrática.
Não pense, no entanto, que sou contra redes de contatos ou parcerias baseadas não confiança. Muito antes do contrário, acredito que o network é uma ótima justificativa para que as pessoas se relacionem mais e convivam coletivamente. Porém, esses grupos do qual falo, ultrapassam o limite da consideração amigável e invadem os princípios da ética e da moral, favorecendo os "colegas" em busca da devolução desse favor em um futuro próximo. 
Afinal, quem diminui as leis divinas, não acredita que "dar sem receber" seja algo plausível para o seu mundo. Assim, todos os meios são justificáveis (para eles) quando o que importa é ser o melhor.
Hoje vou falar assim genericamente, enquanto busco mais informações e teorias que possam calçar aquilo que eu acredito e defendo com unhas e dentes.








29.9.09

a culpa é da propaganda.

De vez em quando eu paro na frente da TV e presto atenção em cada propaganda que passa. Acho que como publicitária isso não é nada mais que o meu dever. E essa semana me chamou atenção um comercial da Havaianas Fit no qual uma senhorinha explica que o outro comercial foi tirado do ar, mas que quem quiser pode ver na internet. Fui então em busca do comercial que havia sido proibido e juro pra vocês, não fosse as explicações nos comentários, provavelmente ainda não teria entendido o porque da proibição. Bom, pra vocês entenderem do que eu tô falando, segue abaixo o vídeo:

Todo o problema que levou a proibição foi porque a vó fala para neta, que ela não tá falando de casamento e sim de sexo. 
Ok, como muitas vezes eu falei aqui eu sou totalmente contra a banalização do sexo, mas cá entre nós, não acho que esse diálogo faça uma apologia ao sexo só pelo sexo. 
É um diálogo bem humorado que otimiza uma realidade: querendo ou não, os tempos mudaram.
Agora, se formos pensar assim, quantos comerciais de cerveja não deveriam ser proibidos, afinal, já diria aquele clichezão, que uma imagem vale por 1000 palavras, e um silicone então, esfregando na câmera, banaliza muito mais a sensualidade e o sexo do que um diálogo entre duas gerações.
E pensando mais além, vamos ser sinceros, se a publicidade influenciasse tanto assim nenhum lançamento pararia na prateleira. 
Vamos deixar de ser hipocritas ignorantes e parar de culpar os comerciais. Se as crianças estão gordinhas e o sexo está banalizado, pode ter certeza, que não foi só por causa da propaganda. 






16.9.09

80's.90's.

Embalada pela comemoração do meu aniversário, ando meio nostálgica dos velhos tempos. Tempos de brincadeiras mais simples, poucas tecnologias e muita criatividade. 

A verdade é que essa nova geração vai crescer atrofiada, e vai entrar em desespero quando faltar luz ou a conexão da internet falhar.


Ok, vamos admitir que o Xbox e o Playstation tem gráficos incríveis e a possibilidade de jogar online é algo bem legalzinho. Mas, nada substitui o prazer de passar a tarde jogando Sonic para virar o jogo e ainda ter o ritual de assoprar o cartucho antes de ligar o video game. 


Outra coisa que eu não vou esquecer nunca, era aquela caixa que vinha vários pulseiras e um relógio. Eu nunca podia usar o relógio, mas adorava passar a tarde trocando as pulseiras. Era algo tão simples, mas tão incrível. Por sinal, queria saber onde minha mãe colocou aquilo.



A minha época de 1°grau (no La Salle) foi marcada por essas balinhas, que tinham um pozinho dentro e era ácidas. Lembro que uma fileira de 5, custava 25 centavos. Não tinha como voltar pra sala depois do recreio sem elas. 




Ah, e ainda falando de balas. Lembram dessa?


Balas Soft, minha mãe não me deixava comer sem supervisão, porque sempre dizia que eu ia me engasgar.





Se eu continuar lembrando de doces que eu sinto falta, eu encho essa página inteira. Tinham aqueles guardachuvinhas de chocolate, os pirulitos com o pozinho que estourava na boca, PushPop, geladinhos, suquinhos coloridos dentro de embalagens em formato de revolver, abacaxi, ursinho, etc, etc, etc.

Algo que eu não me conformo é com os novos desenhos animados. Claro que os filmes da Pixar e da Disney estão cada vez melhores e Bob Sponja é engraçadinho, mas falando de desenhos diários, daqueles que passam todo dia de manhã, a qualidade decaiu muito. Ou é 8 ou 80, ou desenhos japoneses adultos demais ou aquelas besteiras politicamente corretas que ninguém aguenta.

Que saudade de Caverna do Dragão, Ursinhos Carinhosos, Cavalo de Fogo, Capitão Planeta, He-man, Sherah, Tv Colosso, Thundercats, Tartarugas Ninja, Cavaleiros do Zodiaco e até Power Rangers (trash, mas bacana).
























Ah e o meu amado Teddy Ruxpin. Guardo até hoje o ursinho dele, que tu coloca uma fita k7 atrás e ele conta historinhas. Muito moderno pra época! 
Tenho certeza que a minha infância foi inesquecível, com fotos daquelas que se revelava pra lembrar e sem internet para me prender em casa nos dias de sol.

14.9.09

adaptar.

pauta de hoje: adaptação.
O segredo de uma vida mais sadia é se adaptar. Boa parte das nossas reclamações diárias provém da tendência humana de se posicionar igualmente independente da situação, uma certa inércia comportamental. 
Mantemos nossos hábitos, sejam eles os mais cotidianos ou as respostas aos estímulos específicos, sem visualizarmos a necessidade de uma nova formatação desses padrões. Isso não significa, no entanto, ser dissimulados, não é preciso modificar os nossos valores norteadores, e sim, os gestos mais tangíveis e os pensamentos mais mutáveis.
Muita da nossa dificuldade de gostarmos de um lugar, por exemplo, são reflexos desse comportamento inflexível que efetuamos sem nem perceber. Sabe aquele mania de ir de casa para o trabalho e de casa para o trabalho, todos os dias e todos os anos? Isso pode fazer com que você deteste a sua cidade e o seu emprego.
Essa "teoria" se aplica também aos relacionamentos interpessoais. Quantas vezes julgamos o outro, considerando somente a NOSSA forma de ser. Por exemplo, nos acostumamos a fazer amigos com facilidade, sem maiores esforços de aproximação ou de sustentação, e então, quando nos mudamos para uma cidade de cultura mais fechada, continuamos a agir dessa maneira, esperando que a aproximação do outro se dê primeiro e que desse primeiro contato logo surja uma amizade verdadeira e longínqua. E ai então, reclamamos, criticamos e praticamente desistimos, sem analisarmos o nosso próprio comportamento e o adaptarmos para a nova situação.
A rigidez da nossa forma de ser pode nos prejudicar e frustrar. Por isso, eu repito, o segredo da vida é nos adaptar.

13.9.09

cara nova.

Depois de um tempinho afastada do Parabólica, estou de volta.
E pra celebrar a retomada das postagens, o blog tá de cara nova. Nada muito representativo, ainda prometo que vou me dedicar a fazer um layout bacana pra cá. Mas por enquanto, dá pra encarar. Afinal, o que importa é o conteúdo, embalagem, opa, conteúdo. Discussão acalorada essa, que se aplica, a tantas escalas da sociedade, e que ao final, fica sempre sem resposta.
Então eu hoje deixo essa pergunta, pra você, 
o que importa

a EMBALAGEM 

ou o CONTÉUDO?

11.8.09

sobre a covardia.

Ninguém nasce pra ser totalmente desprovido de qualquer medo ou temor (sinto uma prolixia). E ninguém deve ser julgado por dar um passo pra trás. No entanto, existe um uso da coragem que deve ser exaltado. É a coragem de assumir que as tuas próprias ações podem sim influenciar na vida dos outros.
Hoje enxergo que o pior covarde é aquele que não diz. Aquele que não assume as suas vontades e que prefere o "não sei" e o "talvez", enquanto no fundo ele sabe se é "sim" ou "não". É aquele que tenta usar um botão de pause que não existe, sem perceber que a vida continua indo e a inércia da sua hesitação afeta não só a ele, mas uma "pá" de gente ao seu redor.
Por favor, eu faço uma campanha, vamos dizer NÃO as respostas evasivas, as reticências e ao silêncio.
Vamos ser grandes os suficientes para tomar decisões.
Se amanhã você mudar de ideia, não tem problema, é melhor dizer não e depois sim (ou vice-versa) do que sempre dizer não sei. Porque quando "não sei", nada acontece.

Esse post viraria a música: Take me or Leave me - The Magic Numbers

Ouvi enquanto escrevi: MGMT - Indie Rokkers


31.7.09

Caxias do Sul: Capital Nacional da Exploração Imobiliária

Já me disseram que eu não gostava de Caxias do Sul, mas estão enganados, gosto tanto dessa cidade que me preocupo com ela e principalmente com o rumo que estamos seguindo.
Ano passado esta cidade foi considerada a Capital Nacional da Cultura. Título esse que questiono, baseada principalmente em algo que considero essencial para tal: a diversidade e o acesso cultural. Acho que a cultura provém da história e do estilo de vida adotado pela populção. Assim, não é algo instantâneo ou resolvido com uma meia dúzia de shows em praça pública. Vem do costume de décadas, vem dos valores que são considerados essenciais pelos que aqui vivem. E é isso que me preocupa. Os artigos intangíveis como lembranças e fatos históricos são desprezados, sendo o palpável e visível deslumbrado pela maioria. Mais vale um prédio alto do que um casarão antigo repleto de vida. Mais vale horas de trabalho bem pagas do que momentos de lazer em família.
Não vejo a cidade evoluir de forma pensante, vislumbro somente a pressa em crescer. E já dizia aquele clichê que a "pressa é inimiga da perfeição". Nesse caso a pressa é inimiga do crescimento sustentável e de uma cidade para ser vivida. Temo que em alguns anos Caxias seja uma cidade sem movimento, sem sentimentos, sem coração. Uma cidade de engarrafamentos, de pouco contato humano, uma cidade de máquinas e de concreto.
E veja bem, não sou contrária ao desenvolvimento e muito menos uma nostálgica de carteirinha, só considero que uma cidade não pode crescer sem planejamento. Sem parques convidativos, ruas largas com calçadas planas repletas de pessoas, sem árvores que deem sombra no verão e protejam da chuva no inverno, sem museus que conservem os acontecimentos passados, sem galerias de arte e teatros que tragam os acontecimentos presentes, sem instituição de ensinos suficientes para pensar o futuro.
Afinal qual a cidade que você quer?
Um aglomerado de concreto ou um espaço de convívio humano?
Vamos fazer uma campanha pela conservação da memória Caxiense. Vamos conservar o diferencial da nossa cidade. Vamos impedir que o vazio da exploração consumista nos transforme em meros ocupantes do espaço urbano.
Caxias precisa de personalidade.



30.7.09

hoje eu não tô muito linear, dessa forma meu post vai ser menos ainda.

assunto 1: gripe suína
a agenda da comunicação é tão chata. esse ano, por exemplo, uma crise foi substituindo a outra nos espaços da mídia. primeiro foi a crise econômica, depois a crise do senado, ai veio a crise do air bus da air france, mais recentemente a crise da morte do michael jackson e agora a crise da gripe suína. me pergunto, até quando cada um desses assuntos foi/é verdadeiramente tratado? lembro das minhas aulas de comunicação comparada e teoria da comunicação cada vez que leio uma manchete de jornal e ai penso: sem verdade absoluta, no que podemos acreditar? no caso, acho que a teoria do fim do mundo em 2012 tá começando a fazer sentido.

assunto 2: férias prolongadas
férias de julho são legais. frio, comida, amigos, namorado quentinho. mas depois de um mês já vira rotina, e depois de um mês e meio vou dizer: graças a deus, ESPM!

assunto 3: vida boa
se tem algo que eu recomendo a vocês que moram em Caxias é conhecer o Jardim do Chá, uma delícia de lugar no meio do que sobrou da antiga chácara Eberle. se alguém ainda acha que há justificativa pra exploração imobiliária que aquele lugar histórico e lindo sofreu, quando sentar pra tomar um chá delicioso no Jardim, provavelmente vai passar a defender a preservação. e se não, eu não gosto de você.
ou então, se quiser algo mais descontraído o Elvis Café em Farroupilha é A DICA. o lugar temático inspirado no rei do rock superou as expectativas. fiquei esperando a hora que pela porta iria entrar o capitão do time da escola com aquelas jaquetinhas vintage, no melhor estilo americano de vida.

assunto 4: música
pra aproveitar as férias ouvindo algo bom


matt costa - cold december


24.7.09

ctba tiba.

(Esse não é um blog de dicas turísticas, se você chegou até aqui por esse motivo, contente-se com os poucos relatos de uma viajante entusiasmada.)

Após esse aviso inicial, começo meu post de hoje.
Andei afastada por uns dias do parabólica e isso se deve a 2 motivos: uma viagem (que vos relatarei abaixo) e uma gripe tenebrosa, que apesar de não ser a H1N1 (graças a Deus) me deixou relutante a fazer qualquer coisa que empregasse mais do que 2 neurônios. Não acho que esse 2° motivo necessite de maiores delongas, já quanto ao primeiro.
Quem me conhece sabe que já é quase um tradição ir para Curitiba todas as férias de julho. Quando era pequena isso significava "férias na casa da vó" com tudo que tem direito (comilança, brincadeiras, primos, presentes). Hoje, o significado mudou um pouco "férias na casa dos primos" incluindo bons restaurantes, bares, festas e parques.
Descrever Curitiba é uma tarefa difícil, porque cada vez que aterriso por lá vejo aquela cidade de uma maneira diferente. Mas se tem uma coisa que não muda nunca é a impresão de que ela foi feita sob medida. Os parques são lindos, as ruas, a arquitetura. O asfalto nem sempre é o melhor, mas as praças e bibliotecas públicas compensam.
Compensa também o Batel e seus bares diversos, tem pra todo gosto. Bar russo com muita vodka, bar irlandês com muita cerveja, bar sertanejo, bar indiano, bar com telefone nas mesas, bar com samba rock, bar americano. Meu preferido é provavelmente o TAJ, um bar indiano que dá vontade de levar pra casa. A música tem o ritmo e o volume exato, as pessoas são bonitas, as bebidas são boas, o narguilé é mágico (mesmo) e o sushi na segunda-feira tem 50% de desconto. Se você se assustar com a fila, pense que vale a pena. É só ter boas cias e estar disposto a se divertir sem se levantar da mesa.
Curitiba também tem muitas cafeterias, e sendo eu uma apreciadora nata da iguaria, não deixei de conferir alguns lugares. Nessa categoria o destaque foi para o Hoo Café. O lugar é lindo e bem localizado. E o cardápio é fantástico. Minha escolha foi um crepe brasileiro - uma tapioca recheada com creme de avelã e coberta com uma calda deliciosa de frutas vermelhas. Acompanhando tudo isso um capuccino italiano que eu repetiria todos os dias.
Pra quem gosta de dançar a Liqüe é sem dúvida uma das melhores opções. Eu que vos falo não sou grande apreciadora de aglomerações ao som de house, mas tive que tirar meu chapéu. A festa vale por si.
E pra se recuperar da ressaca, nada melhor do que uma água de coco no Parque Barigui acompanhada de uma boa pipoca doce da carrocinha. É praticamente um remédio imediato.
Quanto aos parques e outras tantas atrações turísticas deixo a cargo de vocês, mas não deixem de conhecer a curitiba dos curitibanos, é uma experiência extremamente válida.



8.7.09

novelas mentais.

Hoje foi um dia diferente. E tudo começou pelos meus sonhos. Tive algo, que não posso chamar de pesadelo, mas sim, um filme de terror se passando na minha cabeça e um dos personagens era eu. Pelo menos eu não morria no início, mas fica num respirador no final. Mórbido, sacas? Mas engraçado também, afinal o respirador era uma bomba de chimarrão.
Sonhos são realmente algo incrível, não? E eu vou contar um segredo, eu costumo fazer histórias na minha mente antes de dormir. E muitas dessas, se tornaram realidade. Essa "tradição" começou quando eu era pequena e extremamente ansiosa. Costumava ter insônia pensando na aula do dia seguinte e nas provas de matemática. Foi ai então que arrumei um jeito de pegar no sono e não ter dor de estômogo, era só imaginar algo que eu queria muito que acontecesse. Às vezes eram coisas divertidas, outras românticas. Algumas eu sabia que nunca iam realmente acontecer, mas outras, lá no fundinho, eu torcia para ser verdade.
Agora eu tenho 20 anos e meio e continuo fazendo o mesmo processo. Algumas noites caio no sono antes de terminar as histórias e deixo pro dia seguinte. Outras perco a noite inteira acertando os detalhes das minhas novelas mentais.
E o bom disso tudo é que eu continuo acreditando que algumas delas ainda vão ser verdade.

7.7.09

trair.

Acho que uma das coisas mais difíceis para o ser humano é ser fiel. Não falo aqui da fidelidade exclusiva entre homens e mulheres, mas de todos os relacionamentos humanos. É difícil ser fiel. E será que alguém tem idéia do porquê?

Acho que tudo começa na definição da palavra. Ser fiel parece ter o compromisso único e exclusivo com alguma coisa, e que qualquer pensamento contrário a isso está errado. Mas é aí que está o problema, a fidelidade não tem que ser uma proibição. Quando ela se torna uma proibição é porque de algum modo já não se é mais fiel. Ou seja, quem ensinou as crianças que de alguma forma ser fiel é uma obrigação, e que por outro lado, obrigações são ruins, foi responsável por essa áurea infiel em que nos encontramos.

E não é só a infidelidade carnal que eu falo, é a infidelidade de valores, de sentimentos, de atitudes.

Alguns explicariam a infidelidade carnal baseado no fato dos mls de silicone que andam por aí e dos corpos esculpidos cuidadosamente na academia. Sempre tem alguém mais bonito, e aí, como não cair na tentação de encostar? #ironia

Ironia porque o corpo é uma embalagem, e até onde eu sei, a gente costuma consumir o conteúdo e descartar a embalagem. Sem ser hipócrita e sendo publicitária de formação, admito que a embalagem é o que chama atenção e induz a venda, mas a qualidade do produto é o que mantém, sendo assim, porque ser infiel a um produto só por causa da embalagem do outro? Ainda mais quando a falta de qualidade está atestada pela industrialização extrema do mesmo.

Tudo se explica na falta de comprometimento com a fidelidade emocional.O relacionamento não deve ser uma compra de ocasião, daquelas em que há pouco envolvimento entre as duas partes da compra. Ao contrário, ela deve ser vista como um investimento a longo prazo, com muita pesquisa de preço e certeza de que esse é um bem duradouro.

Isso se aplica a qualquer tipo de relacionamento, amoroso, de amizade ou de negócios. O impulso é o maior inimigo da fidelidade. E a fidelidade não é um bicho de sete cabeças, não é algo ruim e sim algo tranqüilizador. É aquela certeza que todos querem ter de colocar a cabeça no travesseiro e de que no dia seguinte as coisas continuem bem.

1.7.09

Eu twitto e você?

Quando eu conheci o twitter achei que era mais uma ferramenta chatinha de internet que só serveria para nos fazer perder alguns minutos do dia e fuxicar a vida alheia. No entanto, tenho que admitir: o twitter é muito legal.
A grande verdade é que ele não passa de um amigo invisível dos tempos modernos. Algo para quem podemos dizer qualquer coisa, a qualquer hora, e se alguém ouvir por engano, tanto faz.
Mas lá no fundo ele começa a se demonstrar mais do que isso, ele é um meio de ser escutado sem se ter voz alta. Ou seja, não importa quem você é, alguém vai te seguir, e consequentemente, nem que sem querer, alguém vai ler o que você tem a dizer.
Acho melhor ainda ver ele sendo utilizado para fins de protesto. Se o #forasarney não passa de entusiamo barato do mundo virtual eu não sei, mas que pelo menos está chamando atenção de quem passa o dia inteiro na frente de um computador e que pouco vê tv ou lê jornal, isso tá. E esse é o grande trunfo dessa ferramenta, a internet é o mundo onde o ser humano passa mais tempo atualmente e é através dela que se sabe, que se vê e que de alguma forma se sente o que acontece no mundo.
Então, vamos ser espertos e utilizar o twitter e tantas outras ferramentas a nosso favor. Se protestar com cartazinhos na mão é muito cansativo é só digitar 140 caracteres e clicar no mouse, e acreditar que as coisas podem ser influenciadas a mudar.

*por sinal, no twitter, a parabólica é @bruslaviero.


30.6.09

classificação.

Falando nisso...eu classifico músicas românticas em três categorias:

a pessoa nem conhece ainda a outra, mas tem certeza que é a pessoa certa.

tudo é derretimento.

agora faz falta, mas quando tava junto a única música era o silêncio.

Infelizmente não acredito em músicas do "durante".

platô.

Sem dúvidas não há nada melhor do que um amor platônico. Não sei já falei disso por aqui, mas esse é um tema recorrente entre eu e alguns outros filósofos de botequim. Essa história de livre pensamento às vezes nos leva as mais diferentes dimensões. Mas vamos voltar ao platonismo, uma vez na vida ao menos, todos nos apaixonamos, assim de longe. E o click inicial pode vir dos mais diferentes meios. Pode ser uma foto em um jornal velho, um esbarrão na padaria, um colega de escola, faculdade, trabalho, ou então, nesses temos mais modernos um profile de orkut ou facebook.
Independente disso, o sabor é o mesmo, delicioso. Afinal, o amor platônico não passa do amor idealizado. É a espera pela realidade, e nessa espera vale tudo. Vale sonhar com diálogos, com encontros, com a forma que a pessoa age, pensa, fala. E por isso ele tão divino. Ele só dá espaço para os bons pensamentos, ou alguém vai imaginar uma briga com o seu platônico?
Chego até a acreditar que as músicas de amor não são feitas para as paixões reais, e sim para as imaginadas (ou então para os amores que já passaram e sofrem a descaracterização do tempo).
O platonismo gera aquela ansiedade boa, da vontade de se conhecer, da espera pelo acaso. Eu me inspiro nos meus amores platônicos e suspiro por eles. Até que eles se tornem reais, e se eu tiver sorte, quem sabe, o idealizado seja o real.

26.6.09

just beat it.

Michael Jackson morreu. No começo achei que era só uma notícia banal, mas por incrível que parece de alguma forma isso afeta as pessoas. O primeiro sintoma é o renascimento da admiração por ele. De repente, todos parecem gostar mais do que o normal dos passinhos de dança memoráveis e dos sons requebrantes do, como diria Vinícius Moraes (em um contexto totalmente diferente) "preto mais branco" da história pop.
Que Michael Jackson é um mito, ninguém tem dúvida, afinal ele é polêmico o suficiente para ser único e sua criação única o suficiente para não ser comparada. Agora, não podemos negar que a morte de um mito sempre gera uma admiração maior e mais declarada. Por uns bons tempos veremos tributos a MJ, documentarios sobre MJ, linhas do tempo de MJ. Os donwloads das músicas dele se multiplicarão e seus cds, vinis e dvds vão voltar a circular. Como disse meu pai "até parece que ele não morreu e tudo não passa de uma estratégia para ele não ir ao fundo do poço ainda em vida". Faz sentido.
Ou seja, assim como Elvis, Michael não morreu.

3.6.09

buenos aires.

Semana passada embarquei em um voo rápido até o país dos nossos hermanos. Hermanos esses, que diga-se de passagem, não tem a mínima simpatia por nós brasileiros, e nós brasileiros também não temos muito apreço por eles. Achava que isso era história para fazer charge em jornais, mas pelo que eu percebi no atendimento das lojas e no tratamento em geral, a antipatia é verdadeira. 
No entanto, precisamos admitir, Buenos Aires é um alimento aos olhos, ao coração e ao estômago. 
Logo que cheguei, a primeira coisa que me chamou atenção foi a conservação dos prédios antigos. Fiquei hospedada no NH Florida, que fica na San Martín, quase esquina com a Galeria Pacífico. Ao contrário do padrão brasileiro de não dar o devido cuidado as obras antigas, ali os prédios, no seu geral, conservavam a beleza clássica dos seus traços, com portas grandes e ornamentadas. 
Combinado a isso, nunca vi uma cidade com tantos monumentos. Detalhe: quase todos são presentes de outros países em homenagem aos 100 anos da revolução de 25 de maio. Revolução essa que estava sendo comemorada nos dias em que eu fiquei na cidade. Era o início da comemoração do bicentenário da independência argentina (imagina que ano que vem o número de monumentos vai duplicar), e o festivo foi marcado por shows nas ruas, protestos e fitinhas celeste e branco.
Isso foi outra coisa que me encantou na argentina: o movimento político social. Ao contrário de nós brasileiros, eles não ficam sentados na sala de casa reclamado o tempo inteiro, eles vão as ruas, eles penduram faixas com reclamações, eles falam.  Se dá resultado? Acho que não, afinal, o país não anda muito bem e a "víbora" (como eles mesmos denominam a presidente) continua fazendo besteira. Mas pelo menos eles vão as ruas e exercitam o seu papel de cidadão em uma sociedade democrata.
Mas voltando a beleza da cidade, eu precisaria de muitos caracteres pra descrever tudo que me fez acha Buenos Aires um lugar para se viver. A flor mecânica, o Puerto Madero, o Palermo Soho, a Recoleta, o Jardim Japonês, tanta coisa. Bonito ver uma cidade que consegue mesclar o moderno com o antigo, sem perder o charme de uma capital latina. 
Além disso, Buenos Aires aquece o coração. Pra mim não há melhor descrição da paixão do que o tango. O tango é intenso, é vermelho, é triste e ao mesmo tempo sereno, ele arrepia, invade a alma e encanta qualquer ser que tenha coração. O som das gaitas e violinos invade as ruas, seja na Florida, no Caminito, em San Telmo ou em um show de tango ao estilo Broadway. Gardel, o uruguaio mais argentino que eu conheço, é reverenciado a cada esquina, e pensa-se com carinho, que ele se foi cedo demais. 
Pra completar, a capital argentina agrada ao paladar. A carne, dispensa apresentações. O vinho, é excelente e aquece o corpo. Os doces, são inesquecíveis. E o sorvete, é indispensável até no frio que vem do sul. 
Agora, Buenos Aires, também é querida pra mim e vai ser um destino constante, se o preço das passagens áreas colaborarem, é claro.

1.6.09

backspace.

Depois de um tempinho longe daqui, estou de volta. E com alguns assuntos em pauta pra escrever.
Eu deveria começar pela minha leitura de Buenos Aires, mas o frio que toma conta das ruas, do meu quarto e de todo o meu sistema circulatório só me deixa escrever sobre uma coisa: erros.
Erros? Pois é, ninguém tem gosto em escrever sobre eles, mas percebo, hoje, que é extremamente necessário. 
Eu erro, você erra, nós erramos, eles erram. Acho, inclusive, que a nossa vida é feita de tantos erros, quanto de acertos. 
Às vezes simplesmente passamos por cima dos nossos erros e dos erros dos outros, fechamos os olhos, a boca, o nariz, o coração. Não faz diferença. 
Outras vezes, porém, a gente sente que realmente errou. A sensação nos faz creer que não existe mais conserto. Foi-se. Agora não dá mais. Nosso corpo parece paralisar, as mãos esfriam, os pés congelam, a garganta tranca. Como encarar o erro? Cavar um buraco e enfiar o rosto dentro parece ser a opção mais confortante. Gritar desesperadamente logo passa pela cabeça. Chorar, talvez. Correr, quem sabe. Mas nada disso soluciona a dor. Será que o erro sempre é uma dor? Ou será que o erro pode ser uma solução?
Eu, por exemplo, descobri que eu errei. E não uma vez só, mas várias. Acumulei erros sobre erros, e agora me sinto sufocada por tudo. E o meu erro não foi matar alguém, não foi causar danos graves a patrimônios públicos, nem usar drogas ou coisa parecida. O meu erro foi achar que eu nunca estava errada. Foi achar que o erro dos outros era sempre pior que o meu. Mas meu erro não foi errar, o meu erro, foi só perceber agora que, sim, eu sou humana, e humanos foram feitos para errar.
E recomeçar.


19.5.09

zero graus.

Vou te contar uma coisa:  eu adoro o frio.
Bem verdade que há alguns anos atrás essa frase seria extremamente mentirosa, mas acho que com a chegada da idade (20 anos e 8 meses) aprendi a apreciar melhor o nariz gelado e a reclamar menos do aumontoado de roupas. 
Para aqueles que moram acima da região Sul, falar de inverno parece bobagem, afinal somos nós aqui do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná que temos o privilégio de ter alguns mesinhos de baixas temperaturas todos os anos. E é incrível ver como as ruas, as pessoas e as cores mudam nesses tempos de geladeira. 
Para aqueles que reclamam que essa é uma estação cinza, se enganam, afinal é quando o céu fica sem cor, que as cores tomam conta das ruas. Não tem coisa mais bonita do que ver as folhas das árvores ficando secas e assumindo as mais diferentes cores. vermelho, verde limão, amarelo, uma mistura que deixa as avenidas mais poéticas. 
Se o agrado aos olhos não é suficiente, vamos as relações humanas. No inverno fica muito mais gostoso abraçar, dormir juntinho, ficar perto, bem perto do outro. Enquanto no verão isso é sinônimo de suar e grude, no inverno é solução pros pés geladinhos. Além disso, não tem estação mais romântica e elegante. A graça se torna inside propiciando programas delicados e saborosos, como foundues a beira da lareira e massas com um bom vinho; ou descontraídos, como pinhão na chapa e quentão.
O inverno combina com jazz e rock'n'roll de boa qualidade. Deixa as pessoas mais bonitas e mais calmas. O inverno é poético, é pra se apreciar sem medo de sentir frio. Inverno bom tem sol e termômetro marcando 0°. 
Ah, tem quem diga que inverno só é bom pra quem tem dinheiro, eu concordo, e por isso acho que essa estação é perfeita pra quem quer solidário: doe agasalhos, cobertores, doe comida. Enfim, acima de tudo mantenha seu coração aquecido, assim, não há frio que seja ruim.



16.5.09

um dia.

Um dia você acorda olha pela janela e percebe um pássaro que voa rapidamente por entre os arbustos do terreno baldio ao lado. Ele parece solitário, mas não triste. As cores dele não são tão encantadoras quanto a de um agaporne, mas de todo o jeito ele é bonito e parece forte. E é exatamente isso que te chama atenção: a fortaleza dele. Tão seguro, tão despreocupado como o sol de inverno. 
Sol de inverno que bate na sua janela e te faz franzir os olhos com cuidado. Você respira fundo e percebe que aquele é um dia silencioso. Apesar disso, escuta baixinho, o som que vem do apartamento ao lado, a voz é conhecida, Morrissey. Há um lugar ao sol para qualquer um, que tenha a força de correr atrás dele, diz a melodia. Parece uma mensagem vinda especialmente para acalmar o seu coração e atiçar a sua mente. 
Você então se senta e sente que sua mente voa. Milhões de palavras se atropelam e todas parecem te amarrar. Suas mãos pesam, assim como os seus pés. Seus olhos já não enxergam aquilo que o sol ilumina. Você começa a discordar do ar que respira e desprezar o que o seu corpo toca. 
Eu só queria parar o mundo. Eu só queria parar o mundo. Eu só queria parar o mundo.
Essa frase se repente infinitamente na sua mente. Você sente raiva por alguns minutos, mas isso passa e você não sente mais nada. O descontentamento com as coisas do mundo, desaparece. A hiprocrisia humana, a violência, o descuido com o meio-ambiente, os sorrisos falsos, as palavras estúpidas, as crianças morrendo, os animais sendo mal tratados, os políticos desviando, a sociedade sendo mesquinha; nada disso faz diferença. 
Então, você levanta da cama, toma um banho, coloca sua roupa, se olha no espelho e volta ao seu cotidiano.
Afinal, você é humano, e humanos não devem pensar.

14.5.09

semana.

Se não fosse o sono eu escreveria algo interessante. Eu juro. Mas pra mim quinta-feira é a minha sexta-feira, ou seja, quando todo cansaço da semana se acumula.
Bem verdade que essa semana eu não fui muito produtiva. Segunda-feira passei o dia sentada em um lugar gostoso e com pessoas incríveis discutindo sobre paleotocas. Ok, as paleotocas foram só a piada da tarde. Antes disso vi uma aula de medicina, e descobri que existem desfibriladores automáticos que resolvem a vida de quem não sabe fazer massagem cardiaca (no caso, a maioria da população). Foi interessante ver uma aula que não fosse repleta de publicitários, afinal, eu sempre penso que faculdade de Publicidade e Propaganda é um mundo a parte. 
Já na terça-feira vi o show do Oasis, e me desculpem os fãs de carterinha mas eu considero que foi bom, e não tão excelente quanto eu imaginava. Mas eu explico porquê: a música é ótimo e os caras são muito bons no que fazem, no entanto, apesar de eu saber que eles são blasés e tal, eles poderiam fazer mais do que só tocar. Pra completar, o calor insuportável deixou meu cerebro sem oxigênio suficiente pra conseguir cantar em inglês letras que eu não sabia e o pouco ar que eu tinha tava contaminado pela erva do diabo. Interessante foi escutar os comentários da platéia. Teve um pessoal do meu lado que acordou metade da agenda telefônica pra tentar fazer inveja e dizer que tava no show. Teve gente que devia tá num oasis mesmo, num oasis mental na terra do nunca. Ah, e pra fechar a noite olhei pro palco e vi Jesus sentado nos teclados. Memorável!
Bom, a quarta e a quinta foram de estudo, e agora eu espero a sexta pra subir a serra e me deliciar com bons vinhos. Por sinal, uma dica pra quem gosta do líquido preferido de Bakos: experimentem o vinho e o espumante da Marson, é ótimo. Dá pra ter orgulho dos nossos vinhedos.

7.5.09

ano novo.

Fiquei um pouco afastada dessas páginas por alguns dias, mas o motivo eu explico: organizar.
Sim, antes de tudo é preciso manter a vida real organizada antes de voltar ao nosso "segundo mundo", que tantas vezes se confunde com o primeiro. 
Não sei se eu já me apresentei, mas a parabólica que vos escreve, mais do que uma curiosa nata e uma romântica por vocação, é também publicitária por opção. No final desse ano recebo o canudo e...
tá, e aí que nem sei o que muda de verdade. 
Essa é uma boa pergunta, será que muda alguma coisa?
Existe uma lógica a qual todos estamos inseridos que compreende o seguinte pensamento: precisamos esperar a conclusão de uma fase para que finalmente algo aconteça. O problema é que essa espera tem se tornado circular, ou seja, ao final de cada fase iniciamos outra e continuamos a esperar o fim dessa em busca de que algo aconteça. 
Pra ficar mais claro, vou exemplificar. Quando estamos no segundo grau esperamos ansiosamente a formatura para que finalmente a nossa vida comece. Ai prestamos vestibular, entramos na faculdade que tanto idealizamos e aí? Bom e aí que voltamos a esperar a nossa colação de grau para que finalmente comece. Ok, ai recebemos o canudo, e no dia seguinte acordamos e pensamos? "Preciso fazer uma pós, aí sim vou estar preparado pra começar a vida." Nos matrículamos na pós, e aí? E ai começa tudo outra vez.
Intríseco a isso estão outras questões mais particulares, que envolvem a saída de casa, o casamento, a abertura do seu próprio negócio, o nascimento de um filho. Afinal quantos marmanjos de 30 e poucos anos você conhecem que não saem de casa porque estão esperando alguma coisa terminar antes? Quantas vezes você deixa de colocar seus planos em curso esperando um diploma?
Esquece-se assim que, nesse meio tempo, a vida passa e não volta. E que não existe mágica que determine que no fim de uma etapa finalmente aquilo que esperamos vá começar. Não depende de uma força externa a construção de um objetivo, depende de nós.
Por isso, não espere o final do ano para buscar novas metas.
Faça você mesmo o seu novo ano.
Quem sabe ele não deve começar agora?

24.4.09

falando nisso...

ai vão duas músicas que simplesmente me deixam feliz:




sobre a felicidade alheia.

É triste dizer isso, mas parte dos seres humanos não sabe lidar muito bem com a felicidade alheia. E é essa é  grande e má raiz da inveja.
Pode ser apenar uma percepção errônea minha, mas parece que para muitos é mais fácil se aproximar e dizer palavras prontas quando alguém está triste (mas também não muito triste) do que quando alguém está feliz e satisfeito com a sua própria vida.
Parece que existe uma certa vergonha de compartilhar a felicidade do outro e de não desconfiar dos motivos que levam o outro a estar sorrindo de orelha a orelha. Ao invés de simplesmente sorrir junto, sempre tem aquele que pergunta:
- Que que houve que tá toda felizinha(o)?
Ai a pessoa conta entusiadasmente o motivo, e a outra completa sem jeito:
- Ah (pausadamente) que legal! Fico feliz por ti (sorriso rápido).
E aí logo depois vem uma pergunta pra quebrar o clima:
- Tá, mas e aquele outro lance lá que não tava muito certo?

A verdade é que demonstrar felicidade nem sempre é bem vinda. Quem nunca se sentiu sendo incoveniente só porque naquele dia está se sentindo a pessoa mais feliz do mundo? Quem nunca deu de cara com alguém que faz a felicidade parecer ruim? 
Mas ser feliz não é ruim, é?

Não sabote a felicidade alheia, afinal, ela é a coisa mais delicada e realmente importante que podemos ter.


16.4.09

Esse vídeo aqui combina com o post de ontem.
vale a pena.

15.4.09

sentindo os sentidos e dando sentido.

Existe uma dialética nesse nosso novo mundo, nessa pós-modernidade quase pós-pós-modernidade: se o individualismo cresce acelerado, por outro lado não queremos mais ficar sozinhos. Pra isso criamos diversos meios que incluem religiões cada vez mais intimistas, tecnologias que permitem estar sempre conectados, realitys shows (sim, porque nada supera mais a sensação de não estar sozinho do que ligar no pay-per-view do BBB de madrugada). 
Mas esses métodos de conexão ao invés de curar a solidão, a tornam mais nítida. Afinal, quando chegamos em casa numa quarta-feira a noite, dia de jogo de futebol, sofá e pipoca, nada encomoda mais do que não ter com quem gritar gol em tempo real (sem jet lag da internet). E se a chuva começa, não tem nada pior do que não ter a quem abraçar e se aconchegar a noite toda, e nessas horas o telefone não basta, ele só acentua a angústia de não poder sentir o toque.
Bem verdade que o homem aprendeu a dominar a audição e a visão, tornando-a cada vez mais permanente. Mas infelizmente (ou felizmente) ele ainda não conseguiu simular o olfato, o toque e o gosto. E são esses 3 sentidos que nos deixam solitários mesmo que pelos olhos e pelos ouvidos estejamos sempre acompanhados. 
Sei que a tecnologia não tem limites e que aos poucos até o cheiro e o gosto tornam-se dados de fácil disseminação, no entanto, o toque, esse, dificilmente será substituído, ao menos, de maneira completa.
Hoje, por exemplo, eu sinto falta do cheiro, do toque e do gosto de muitas coisas, e não há página no google que possa me satisfazer.


14.4.09

conectividade permanente.

Sentada aqui na frente do computador, com o meu MSN ligado, Facebook, Gmail e Google Talk, olhando pro meu celular 3G e o meu Nextel sem limites, pensei, enquanto eu twittava: o que aconteceria com o mundo se a internet e seus derivados acabasse? Será que alguém sobreviveria?
Acho que deveria surgir uma subcategoria da Hora do Planeta, em que em um dia do ano, durante 1 hora (ao menos) as pessoas desligassem seu computador, celular e qualquer outro objeto que se conecte ao resto do mundo.
Na sua opinião, qual seria a consequência disso?
a) suicídio coletivo
b) correria nas ruas (pois ninguém saberia o que fazer)
c) outra consequência


Pense nisso.
Desconecte-se.
Acredite, você vai sobreviver.

x, y e z.

Fazia um certo tempo que eu não via novela, ontem, em razão do meu final de aula antecipado consegui ver algumas cenas dessa Indiana que tá no ar. Não vou fazer comentários sobre a trama ou o capítulo passado, mas sobre uma frase que, apesar de clichê, é bem vinda. 
"Existem três coisas na vida que não voltam mais: a flecha atirada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida"
Sempre achei as oportunidades muito relativas e o arrependimento, tanto quanto. Afinal, quando nos deparamos a frente de uma oportunidade precisamos escolher, e nessa escolha a lei do 50-50 é mais do que válida. Ou seja, não seguir a oportunidade x, é escolher a y. E quem disse que a y não é também uma oportunidade? 
No entanto, há uma grande ressalva nisso tudo: não devemos deixar a oportunidade x de lado para estagnar. Estagnar siginifica abrir mão de uma nova descoberta, de não seguir o caminho. Caminho esse que às vezes nos leva lá na frente a escontrar novamente a oportunidade x ou y. Mas se ficarmos parados, nenhuma delas vai ser válida e infelizmente a constante z é igual a zero.

A vida pode não ter fórmula e nem sempre ser tão matemática, mas o 1 + 1 = 2 continua prevalecendo.
Simples assim.


9.4.09

o presente é tudo que temos.

Não vou falar sobre a Páscoa, nem sobre chocolate, nem sobre bacalhau.
Nem sobre as lembranças que ela me causa.
Não vou falar sobre a saudade, mesmo que ela tenha me perturbado ultimamente.
Também não vou citar os excessos de ontem e a falta que me causou hoje.
Percebe como não falando a gente pode falar muito?
Eis as contradições. 




6.4.09

orgulho.

Meu senso de observação às vezes é movido por sentimentos. Nos últimos tempos algumas mudanças foram postas em prática na minha vida e uma delas foi a leitura de um livrinho pequeno, cheio de letras pequenas e como mensagens escritas há alguns MUITOS anos. Mas não é sobre as minhas crenças ou sobre esse livro que eu quero falar, e sim, sobre algo que eu li nele. Sobre uma palavra chave: orgulho.
Em inúmeras esferas da minha vida eu sempre pude concluir que orgulho nunca é bom. Ok, mas ai alguém me diz que um pouquinho é. Pode até ser verdade, mas dúvido que alguém consiga medi-lo, controlá-lo. 
O orgulho é o pai da falta de comunicação, e a falta de comunicação é a mãe de todos os desentedimentos do mundo. O orgulho é indiretamente proporcional a tolerância, e a tolerância diretamente proporcional a felicidade entre as pessoas, entre os povos, entre os deuses. 
Então, pensando nisso você ainda acredita que o orgulho possa mesmo ser uma proteção? Sim, por que essa é a justificada utilizada pelos orgulhosos: defesa. Mas será mesmo defesa ou covardia? 
Será que se os povos fossem menos orgulhosos, a paz mundial não seria possível? Se os casais fossem menos orgulhosos o amor não seria mais verdadeiro? Se os parentes não lembrassem da existência do orgulho as famílias não continuariam sempre unidas?
Penso que o orgulho é só uma barreira pra felicidade, uma dificuldade imposta por nós, incríveis macaquinhos que andam eretos, pra fazer tudo ser mais difícil.


* E nada melhor pra esquecer o orgulho do que pagar um baita mico, ou melhor, pra fazer aquilo que a gente morre de vergonha mas não quer que ninguém veja. Esse menino aqui entendeu como funciona a coisa!