30.6.09

platô.

Sem dúvidas não há nada melhor do que um amor platônico. Não sei já falei disso por aqui, mas esse é um tema recorrente entre eu e alguns outros filósofos de botequim. Essa história de livre pensamento às vezes nos leva as mais diferentes dimensões. Mas vamos voltar ao platonismo, uma vez na vida ao menos, todos nos apaixonamos, assim de longe. E o click inicial pode vir dos mais diferentes meios. Pode ser uma foto em um jornal velho, um esbarrão na padaria, um colega de escola, faculdade, trabalho, ou então, nesses temos mais modernos um profile de orkut ou facebook.
Independente disso, o sabor é o mesmo, delicioso. Afinal, o amor platônico não passa do amor idealizado. É a espera pela realidade, e nessa espera vale tudo. Vale sonhar com diálogos, com encontros, com a forma que a pessoa age, pensa, fala. E por isso ele tão divino. Ele só dá espaço para os bons pensamentos, ou alguém vai imaginar uma briga com o seu platônico?
Chego até a acreditar que as músicas de amor não são feitas para as paixões reais, e sim para as imaginadas (ou então para os amores que já passaram e sofrem a descaracterização do tempo).
O platonismo gera aquela ansiedade boa, da vontade de se conhecer, da espera pelo acaso. Eu me inspiro nos meus amores platônicos e suspiro por eles. Até que eles se tornem reais, e se eu tiver sorte, quem sabe, o idealizado seja o real.

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